14 dezembro 2007

Jornal oficial passa a gratuito na Madeira

O Jornal da Madeira - controlado pelo Governo Regional - vai passar a ser gratuito para que chegue a mais gente. E não é gratuito como alguns jornais no continente, pagos por publicidade. É pago pelo Governo.
Acho que há um nome para os países onde há um Verdade Oficial vinda das autoridades, mas não me lembro...

Público de hoje:

O Jornal da Madeira, propriedade do governo regional, vai passar a gratuito a partir de 1 de Janeiro.
A medida, anunciada ontem em comunicado pela administração da empresa de que a região é sócio maioritário (99,5 por cento), foi decidida pelo Governo, que optou por este cenário entre quatro propostos num plano de reestruturação deste jornal fundado pela diocese do Funchal e de que Alberto João Jardim foi director, entre 1974 e 1978, ano em que entrou para a presidência do executivo.
De acordo com a nota distribuída pela gerência aos leitores, esta estratégia de disponibilizar "de forma gratuita, por toda a região em locais onde se verifique uma levada circulação/concentração populacional", tem "em vista a facilitação do acesso à informação". No entanto, mantém o serviço de assinaturas com pagamento da entrega directa no domicílio.
Único diário do sector público em todo o país - e cuja continuidade com este estatuto poderá estar em risco, se a Assembleia da República aprovar um diploma do Governo que impede autarquias e regiões autónomas de serem proprietários de jornais -, o Jornal da Madeira recebeu do governo regional em 2005 quase cinco milhões de euros, montante que representa 74,9 por cento do total de apoios financeiros concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social, conforme apurou o Tribunal de Contas (TC).
Com uma tiragem inferior a cinco mil cópias, isto significa que o apoio distribuído por exemplar corresponde a cinco vezes mais do que o preço actual de venda nas bancas.
Acusado pela oposição de ser um "órgão de propaganda do Governo PSD pago pelo erário público", o JM inclui quase diariamente artigos de Jardim. Sempre de página inteira e nalguns casos transcrição integral de discursos, os últimos reproduzem os diferentes capítulos do plano de investimentos do governo, que está a ser discutido no parlamento regional.

22 outubro 2007

Dinheiros públicos

Público de hoje:

1. a Assembleia da Madeira (68 deputados) concedeu em 2006 aos grupos parlamentares e representantes únicos de partidos mais de cinco milhões de euros, montante praticamente ao nível do que a Assembleia da República disponibiliza para um total de 230 deputados e quase sete vezes mais que os 770 mil euros atribuídos pelo Parlamento dos Açores, com 54 eleitos.

2. No entanto, tais verbas destinadas à actividade parlamentar têm sido transferidas para as contas dos partidos para cobrir despesas de funcionamento e financiar campanhas.

3.
o aumento de 85 por cento nos montantes dos subsídios aos partidos, passando de três para 5,5 milhões de euros, ocorrido "num ambiente de défice orçamental e de contenção de despesa pública", mostra que a região "não tem, seguramente, problemas menos complexos para resolver".

4. A redução do número de deputados na Madeira, de 68 para 47, poderia significar uma poupança de cerca de três milhões de euros. Mas tal não vai acontecer porque Alberto João Jardim decidiu manter o montante global das subvenções aos grupos parlamentares, mas com nova redistribuição, vantajosa sobretudo para o PSD que, com menos 11 deputados, recebe a mesma verba.

5.
Antes das eleições antecipadas, provocadas por Jardim alegando dificuldades causadas pela nova lei de finanças, o PSD (44 deputados) recebia 3,8 milhões de euros, o dobro da anterior legislatura (Ou seja, os valores pré-eleições já tinham sido exageradamente aumentados)

6. ...
gastou o PSD na última campanha eleitoral em que, conforme orçamento apresentado à Entidade de Contas, previa gastar três milhões, o mesmo que custou a campanha de Cavaco Silva para a presidência

27 junho 2007

PSD-Madeira restringe direitos da oposição e movimentos dos jornalistas no Parlamento

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1297810

O PSD aprovou um projecto de regimento para a Assembleia Legislativa da Madeira que restringe os direitos de participação e intervenção dos partidos da oposição. Também pretende adoptar novas normas que proíbem aos jornalistas, já sujeitos a um código de indumentária, o habitual acesso à zona designada por "passos perdidos".

A maioria social-democrata rejeitou liminarmente as propostas apresentadas por quatro bancadas (PS, PCP, CDS/PP e BE) que, em defesa de normas em vigor na Assembleia da República, propunham a realização de debates mensais com a presença do presidente do governo regional e a audição de membros do governo no plenário e nas comissões parlamentares especializadas.

Víctor Freitas (PS) desafiou o líder nacional do PSD, Marques Mendes, a "vir à Madeira ver em que condições se faz aqui oposição" e "a propor na Assembleia da República um regimento como este", incluindo a não obrigatoriedade da presença de membros do governo em São Bento e o fim dos debates mensais com o primeiro-ministro.

Também pelo maior partido da oposição, que não conseguiu eleger o vice-presidente a que tinha direito, Jaime Leandro lamenta a "intransigência" da maioria social-democrata que não corresponde ao desejo de bom relacionamento que Jardim diz pretender estabelecer com um partido que está no governo da República.

Para o vice-presidente do PSD Coito Pita, "os partidos da oposição já têm direitos a mais". "Não seremos uma maioria envergonhada, porque continuamos a pensar que uma maioria fraca faz fraca a democracia e esta maioria como se vem demonstrando não tem data marcada para morrer", acrescentou Tranquada Gomes, ao alegar que as alterações ao regimento estão relegitimadas nas urnas com uma maior maioria absoluta.

"Usar o argumento de que os eleitores mandaram o PSD para cortar direitos da oposição no parlamento é inaceitável", reagiu Paulo Martins (BE), enquanto João Isidoro (MPT) contestava a exclusão dos partidos com um único representante da conferência de líderes e das comissões especializadas. "Eleger deputados para quê?", questionou Leonel Nunes (PCP).

28 maio 2007

O voto é secreto na Madeira?

Notícia do Público de 21.05.2007

«O PS denuncia o facto de presidentes de junta terem obrigado membros das mesas a deslocarem-se fora das assembleias para recolherem votos e de mesas que deixaram votar cidadãos não munidos de identificação. Nuno Godinho de Matos, porta-voz da CNE, considerou "escandaloso um dos casos reportados, o de uma mesa de voto que aceitava pessoas votarem acompanhadas com a desculpa de que estavam psicologicamente incapazes". Os socialistas protestaram também pela presença de presidentes de junta, 47 dos quais candidatos suplentes do PSD, junto das assembleias de voto, recebendo e conduzindo os eleitores. Contestaram ainda a utilização de viaturas do Governo para transportar eleitores às mesas de voto, transporte este "não publicitado" e de que apenas "beneficiaram determinados eleitores".»

A fonte das notícias (o PS-Madeira) não será a mais imparcial, mas será que alguém duvida que isto aconteça?

07 maio 2007

Nós e Eles

Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um chefe de governo usar os meios públicos para fazer campanha política.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um chefe de governo usar a pior linguagem que o português oferece para se referir aos jornalistas e seus opositores políticos.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um governo pagar directamente a jornalistas que apoiam o governo ao mesmo tempo que ameaça os que o criticam.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um governo dê 78 milhões a clubes de futebol a fundo perdido.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal o número 2 do governo e do partido no poder ser o presidente das entidades patronais.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal deputados e ministros do partido no poder terem negócios directos com o governo decididos pelo próprio governo.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal haver um clima de terror sobre aqueles que não apoiam o governo.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal o governo controlar directamente e indirectamente grande parte da economia e os empregos.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal haver pessoas que têm medo em participar em sondagens, especialmente em zonas onde o apoio ao governo é menor.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal o mesmo partido político ganhar todas as eleições durante mais de 30 anos consecutivos.
Em Portugal não há 64% de pessoas que são contra o princípio de o Estado dar mais dinheiro às regiões mais pobres.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal ser feita pressão com ameaças sobre os cidadãos para irem aos comícios do partido do governo.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal haver uma zona franca onde as empresas não pagam impostos.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um governo de gestão tomar decisões que envolvem milhões dos dinheiros públicos com as eleições à vista.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal haver responsáveis políticos a defenderem que as leis nacionais não devem ser respeitadas na sua região.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um chefe de governo achar que as leis existem para serem contornadas.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um chefe de governo ameaçar juízes cujas decisões não lhe são favoráveis.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal procuradores do Ministério Público serem encontrados na casa dos indivíduos que eles deveriam estar a investigar.
Em Portugal não há 64% de pessoas que achem normal um governo dizer quais são os jornais que entidades públicas devem e não devem comprar.

Por tudo isto e muito mais, nós - os Portugueses - somos cultural e socialmente diferente deles - os Madeirenses. Não temos a mesma visão sobre as leis, o Estado, a democracia, o desenvolvimento, a vida em sociedade, etc...
Nestes casos só há uma solução:
INDEPENDÊNCIA PARA A MADEIRA JÁ

04 maio 2007

Democracia à madeirense

Já estive decidida a abandonar este blog.
O que aconteceu nas últimas semanas foi de tal forma execrável (veja-se a acta da última reunião do governo regional, que se mantém/manteve aberta semanas e semanas para que o governo demissionário possa continuar a mexer no dinheiro) que achei que os dirigentes madeirenses (e não falo só em AJJ) não mereciam a minha energia.
Abro aqui uma excepção para compartilhar um excerto do blogue Margens de Erro sobre a realização de sondagens na Madeira. O que é relatado mostra todo o podre da democracia e da política madeirense.

Nunca tivemos, na Católica, tantas recusas para responder a uma simples simulação de voto em urna como aqui na Madeira: 1/3 de todos os contactados. E há quem pergunte - garanto-vos - se depois de responderem à sondagem têm de ir votar na mesma no dia 6 ou se "já está", ou mesmo "o que é isso de uma sondagem?". Realmente, o hábito de responder a sondagens não existe, e há, por outro lado, uma opção política que é de tal forma dominante que quem a não partilha parece hesitar em declará-lo. Digo eu, porque uma recusa é uma recusa é uma recusa, sabe-se lá o que quer dizer. Mas não deve ser por acaso que a percentagem de recusas seja maior quanto menos "laranja" é a freguesia...

13 março 2007

Verborreia e respeito pelo Estado de Direito

(Fonte da notícia : Lusa/DD)

No seguimento de críticas da oposição, AJJ usou espaços publicitários pagos para responder. Qualquer político sabe que isto é ilegal durante a campanha, mas para AJJ essa questão é como sempre uma questão menor. (Não está em causa o objectivo da lei, que eu não entendo, mas o desrespeito por uma lei que rege as campanhas eleitorais).

Como seria de esperar a oposição respondeu com uma queixa-crime. Sem argumentos para a contrariar (quando se é AJJ não se precisa de argumentos) publica mais um dos seus habituais comunicados repletos de acusações ordinárias. Cá ficam os belos excertos da notícia sobre o comunicado com o título «abaixo os bufos socialistas»:

(...) Jardim critica a «cultura eleitoral do PS», conotando-a com «um amarfanhado de mentiras, de vigilância pidesca e de denúncias intimidatórias à boa maneira estalinista».

«É este o desespero dos socialistas, por todos conhecidos como mentirosos», escreve, acrescentando que «para ganhar eleições, sabem que, primeiro, teriam de prender os sociais-democratas, não bastando o roubo do dinheiro dos madeirenses».

«O PSD da Madeira não teme as leis policiais do Estado português, nem a própria República Portuguesa, combaterá a mentira, o pidesco e o rasca que são a »cultura« socialista», diz.


08 março 2007

Ex-autarca madeirense condenado a 6 anos de prisão por corrupção

Do Diário Digital:

O tribunal de Ponta do Sol condenou esta quarta-feira o antigo presidente do município António Lobo a seis anos de prisão pela prática, em cúmulo jurídico, dos crimes de corrupção e prevaricação.
(...)
O tribunal de Ponta do Sol deu como provado que o ex-presidente do município daquelalocalidade recebia pagamentos para aprovar licenciamentos de obras particulares, verbas querevertiam a seu favor.

Quantos mais casos haverá, que não chegam aos tribunais?

28 fevereiro 2007

Cortes no Orçamento da Madeira

Números retirados do random precision.

Corte no orçamento regional: 34 milhões de euros

Despesas usadas em:
Comemorações de Natal e fim-de-ano e «campanha de imagem»: 17 milhões de euros;
Igreja: 45 milhões de euros;
Clubes de futebol: 78 milhões de euros.

e acrescento eu

Jornal da Madeira: 5 milhões de euros

No comments...

27 fevereiro 2007

AJJ e a sua esperteza saloia

O mais hilariante do comunicado de AJJ abaixo citado (sobre a publicação de uma sondagem) é a crítica aos valores alegadamente inflacionados. AJJ diz que os valores do PSD são demasiado altos, e... que os do PS também! AJJ diz que o «PSD não acredita que um quarto dos eleitores seja colaboracionista com tudo o que Lisboa vem abusando sobre o povo madeirense», numa clara alusão aos 25% do PS.
Será que as percentagens na Madeira não somam 100%?!

Jardim e as sondagens

AJJ veio dizer (ou melhor enviou um comunicado para a imprensa como lhe é habitual) que a publicação de uma recente sondagem apenas serve para desincentivar a participação eleitoral. Citando «Estas sondagens, tal como em eleições anteriores, são uma manobra que visa criar a ideia de vitórias antecipadas, para desinteressar os eleitores de votar e, assim, prejudicar o PSD e a resistência do povo madeirense aos ataques de Lisboa». E o que diria se os valores do PSD fossem mais baixos? Que era um truque para dividir os madeirenses?
O senhor tinha que criticar de alguma maneira... olha, foi esta que saiu.

21 fevereiro 2007

Birra de Estado

Eu sei que a comparação é abusiva, mas alguém imagina Cavaco, Guterres, Durão ou Sócrates (Santana não conta) a demitirem-se para a seguir voltarem a recandidatar-se por a União Europeia cortar os fundos comunitários encaminhando-os para regiões mais pobres?

A birra

Alberto João Jardim demite-se para se voltar a recandidatar nas mesmas condições. Parecealtamente improvável que a sua reeleição venha alterar seja o que for. Porquê então esta "crise política"?
AJJ diz que as regras do jogo foram alteradas a meio da sua legislatura, logo tem que serecandidatar para o seu programa de governo sair reforçado.
Os comentadores cubanos dizem que AJJ ao dramatizar a questão, terá uma nova maioria e garantirá assim mais uns anos de controlo da Madeira.
Eu acrescento uma explicação: uma birra. Daquelas que as crianças fazem porque os pais não compram os cromos para a caderneta.

16 fevereiro 2007

Referendo na Madeira e no Continente

Alberto João Jardim, em mais uma prova de respeito democrático, insiste que a despenalização do aborto não vai ser aplicada na Madeira. O argumento é simples, o Não ganhou na terra dele.
Sabendo que o Sim ganhou em 1998 no Continente (apenas os votos dos Açores e Madeira viraram o resultado), o que teria dito AJJ se na altura se tivesse decidido aplicar a lei apenas no Continente?

E digo testículos porque não posso dizer...

Diário Digital

Alberto João Jardim diz que portugueses não têm testículos para dizer que o referendo à interrupção voluntária da gravidez (IVG) não é vinculativo.

O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse, quinta-feira, que os portugueses não têm «testículos» para dizer que o referendo à despenalização do aborto «não é vinculativo».

Jardim promete levar a sua posição – contra a aplicação da futura lei na Madeira – até ao Tribunal Constitucional.

08 fevereiro 2007

Futebol é um bem de primeira necessidade

Todos sabemos as enormidades de fundos que o Governo Regional Madeirense canaliza para os clubes de futebol. O Jornal da Madeira publica hoje uma crónica de Gilberto Teixeira (parece-me que escreve regularmente no jornal) a estrabuchar contra aqueles que acham que estes fundos são um desperdício. Vale a pena ler (esclarecimento prévio Jacinto Serrão é o líder do PS Madeira que ousou criticar as transferências) mais uma crónica onde se confunde contra-argumentação com baixas críticas pessoais.

Jacinto Serrão acaba com o Marítimo e o Nacional
Como justificação para a sua miserabilíssima cultura turística, invoca que se fosse poder na Região, retirava o apoio que institucionalmente é atribuído aos clubes profissionais de futebol e canalizava esse dinheiro para acções de promoção da Madeira.

A Madeira é uma espécie de balão de ensaio do líder regional do Partido Socialista. Sozinho, vai fazendo o seu caminho, com sonhos e esperanças, transformando-se num universo de paixões assolapadas, e envolvido em projectos que lhe alimentam a vontade de querer chegar ao poder, ou seja, ser presidente do Governo Regional.
Não bastavam as argoladas dos últimos dias, para nos deleitarmos com a personagem em romaria à Bolsa de Turismo de Lisboa, para dizer que falta dinheiro à promoção da Madeira, e que, esse dinheiro, devia ser retirado ao futebol que não promove coisa nenhuma, e desviá-lo para acções promocionais.
Criticar é fácil, e Jacinto Serrão está sempre disposto a aceitar ser conduzido nestas investidas a terrenos que desconhece por completo. O turismo da Madeira, sendo um sector de fundamental importância para a economia da Região, até devia ser disciplina obrigatória da aprendizagem política daquele socialista.
Pelos vistos não é. Suspeitávamos que assim fosse porque ao longo dos anos, não lhe vimos propor nada nesta matéria. Não sabe patavina, o que é grave, para quem quer ser presidente de Governo duma Região que não vende outra coisa que não seja turismo.
Mas quando alguém lhe pergunta que projectos tem, em alternativa aos do Governo, balbucia coisas ininteligíveis, procura articular palavras no vazio do seu conhecimento e cai na armadilha. É uma nulidade completa, não servindo para nada a proximidade de dois Martins, o ilustre senhor Maximiano, e o ex-edil de Machico.
Como justificação para a sua miserabilíssima cultura turística, invoca que se fosse poder na Região, retirava o apoio que institucionalmente é atribuído aos clubes profissionais de futebol e canalizava esse dinheiro para acções de promoção da Madeira.
Quer isto dizer que Jacinto Serrão, líder actual dos socialistas da Madeira e homem de fraca habilidade política, incoerente e impreparado, duma assentada só, declara a morte dos principais clubes da Região, Marítimo e Nacional.
Isto é tão ridículo que vale a pena lembrar-lhe que em Outubro de 1863, nasceu a Federação Inglesa de Futebol, tida como a primeira a nível mundial. Lá pelo ano de 1875, Harry Hinton, Presidente Honorário do Marítimo, então um jovem de 18 anos, traz para a Madeira um cautchu e introduz a prática do futebol em Portugal, jogando e ensinando os madeirenses a jogar, no Largo da Achada, na Camacha.
Em 1910 com a criação da Associação de Futebol do Funchal, (hoje tem o nome Madeira), nascem os principais clubes de futebol da Região, Marítimo, Nacional e União. Como se vê, somos pioneiros do fabuloso espectáculo que é o futebol, cuja dimensão universal, qualquer leigo na matéria não devia pôr em causa, quanto mais um político que aspira um dia ser chefe do Governo Regional.
O que atormenta é a ignorância atrevida que leva um homem um século depois, a afirmar que mata os principais clubes da Região, porque não constituem referência para ninguém, nem fazem falta ao povo que reside aqui ou está espalhado por esse mundo além.
Como é que este homem quer resistir à História? O que faz correr um indivíduo, que tem poucos aliados, e muitos adversários internos, para ter espalhanços deste género, que são de fazer corar de vergonha quem tenha um palminho de cara e dois dedos de testa?
Sinceramente… há mediatizações que se recusam liminarmente, quando se tem princípios e se conhecem os limites da arrogância. Não sei quem lhe passou as dicas para falar sobre Turismo. Ouviu mal ou é de compreensão lenta.
Admitamos que o futebol deve seguir o seu caminho com profissionalismo e rigor de gestão. Concorde-se que o espectáculo futebolístico é o melhor que há no mundo, por todos os motivos e mais um: apaixona, embriaga, convida à radicalização.
Mas não se entre em terrenos perigosos, quando aquilo que sucede nesta terra com os apoios ao futebol, é duma enorme transparência, com discussão e aprovação no Parlamento Regional, onde se senta, de vez em quando, o próprio Jacinto Serrão.
O investimento que é feito não tem retorno e há tanta gente interessada em patrocinar determinados clubes? Acha o líder dos socialistas na Madeira que se deve tirar o apoio aos dois baluartes desportivos da Região.
Mesmo que tivesse razão – mas não tem – o dinheiro, devia ser canalizado para outras áreas que não a promoção da Madeira. Demagogias deste calibre merecem castigo severo. Serão os madeirenses dos dois clubes a dar-lhe essa resposta, mais aqueles que sendo poucos, são bons: os do União, cujo lugar na História do futebol madeirense é sagrado, intocável, porque brilhante.
Jacinto Serrão tem uma alma desconhecida nesta área. A instabilidade que revela, é irresponsável e suscita até, inquietação. A Madeira necessita de gente com carácter e ambição, mas exige competência e sagacidade dos homens e das mulheres que assumem funções públicas com muita ou pouca visibilidade.
Há que saber gerir uma carreira com humildade, coerência, sentimentalismo, devoção e sobretudo respeito pelos outros, sejam eles quem forem, estejam onde estiverem. A estima que devemos uns aos outros é para ser levada a sério. Quem usa de hipocrisia acaba sendo triturado pela máquina infernal dos partidos, quanto mais pela voz do povo.
Mas se o líder socialista quer ser o coveiro do Marítimo e do Nacional e por arrastamento dos sonhos e das paixões dos adeptos, simpatizantes e sócios das duas respeitáveis colectividades, cujo percurso é inapagável da memória de todos nós, que se atreva e dê o primeiro passo.
Vai ser giro, vai. Há coisa mais bonita que um Marítimo-Nacional, como o da passada segunda-feira ? Claro que não.

05 fevereiro 2007

Importa-se de repetir?

Diário Digital

«O Jornal da Madeira é, hoje, uma guerra de regime, não alinha pelo pensamento único e pela falta de pluralismo que está vigente em Portugal», disse Alberto João Jardim.

Para o governante madeirense, «Portugal é, hoje, uma democracia de opereta em que não há pluralismo ideológico, nem pluralismo na comunicação social» e, por isso, considera o Jornal da Madeira [como] um marco dessa luta».

(...)

«Os critérios do governo já não são da conta do tribunal, são do âmbito do poder executivo e, quando os tribunais desatam a fazer comentários aos critérios executivos do Governo, está a quebrar o princípio sagrado em democracia que é o da independência dos poderes», concluiu.



Governo regional proíbe assinatura do PÚBLICO

A propósito da notícia do post anterior o Público de hoje acrescenta esta pérola:

Governo regional proíbe assinatura do PÚBLICO
A auditoria do TC critica igualmente a discricionariedade de outro despacho de Alberto João Jardim, que define orientações para a aquisição de jornais. Tal deliberação, datada de Agosto de 2003, privilegia a assinatura do Jornal da Madeira entre a imprensa regional, e, "quanto aos jornais fora da região", condiciona a sua aquisição à prévia autorização por parte dos nove membros do Governo, e "apenas em relação as seguintes publicações: Diário de Notícias de Lisboa, O Dia, Expresso, Independente, Semanário e Primeiro de Janeiro". O despacho, com a exigência expressa do cumprimento de tais determinações "por parte de todos os serviços, institutos e empresa públicas" sob tutela do governo, proíbe a assinatura do PÚBLICO por tais entidades que não estão autorizadas a efectuar "pagamentos fora do critério" imposto pelo presidente do governo madeirense.

Jornal da Madeira recebe verbas ilegais do Governo Regional

O jornal preferido deste blog, o Jornal da Madeira, foi apanhado em mais uma das trapalhices de Alberto João Jardim. De acrescentar que o Presidente do Governo Regional tem um espaço quase diário no jornal. Alguém se lembra de ver Sócrates, Santana, Durão, Guterres, Cavaco, Sampaio, etc.. com uma crónica diária durante período em que estiveram em funções?

Retirado do Diário Digital

Jornal da Madeira recebe verbas ilegais do Governo Regional

Uma auditoria do Tribunal de Contas detectou pagamentos ilegais e indevidos nos apoios a órgãos de comunicação social da Madeira, noticia o jornal Público na edição de segunda-feira.

No relatório de uma auditoria aos apoios dados por Alberto João Jardim aos media, o tribunal releva que foram assumidos encargos sem autorização ou cabimento orçamental, em desrespeito pela lei em vigor.

O relacionamento financeiro do governo regional com os órgãos de comunicação social suscitou ao Tribunal de Contas (TC) «dúvidas quanto à sua conformidade com a legislação aplicável, nomeadamente no que se refere às aquisições de bens e serviços, assim como no tocante às finalidades a prosseguir com a transferência das verbas» refere o artigo citando o órgão de fiscalização.

O governo de Alberto João Jardim gastou em 2005 quase cinco milhões de euros com o Jornal da Madeira (JM), o único diário estatizado do país. Aquele montante representa 74,9% do total de fluxos financeiros concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social.

Anteriormente propriedade da diocese do Funchal, o JM - de que Jardim foi director no pós-revolução e antes de assumir a presidência do governo, em 1978, altura em que a região adquire a quase do capital deste jornal, onde o governante, quase diariamente, assina uma página de opinião - recebeu, em 2005, do orçamento regional, subsídios no valor de quatro milhões transferidos a título de suprimentos mensais, cujo valor não tem sido divulgado nas resoluções publicadas no Jornal Oficial, e mais 600 mil euros por aquisição de publicidade.

Tendo uma tiragem inferior a cinco mil cópias, isto significa que o apoio distribuído por exemplar corresponde a cinco vezes mais do que o preço de venda do JM nas bancas.

30 janeiro 2007

Eu nem queria mandar bocas, mas fui forçado

Notícia de uma inauguração de um percurso pedestre

Jardim evita política num ambiente de ar puro

No final da sua breve intervenção, Alberto João Jardim disse que, face à pureza do ar que ali se respirava, não lhe apetecia falar de política. «E muito menos em certos desgraçados que andam por aí a dar cabo do país», disse.
Por isso, desafiou os presentes a respirarem bem fundo. «Encham o peito de ar, levem ar para vários dias, lá para baixo, porque este ar não está poluído, não estão aqui certas pessoas indesejáveis, de cá da Madeira e de lá do continente», concluiu.

Mais um comunicado

O Jornal da Madeira já nem passa o conteúdo. De facto a notícia são apenas as bocas do costume.

Num comunicado enviado ontem às redacções, (...) o Executivo insurge-se contra as «mentiras socialistas».
«Com a sua falta de vergonha, os socialistas, depois do roubo feito à Madeira, continuam a se passear, fazendo “exigências», diz o comunicado intitulado “Mais mentiras socialistas». A nota acrescenta ainda que «próprio da “cultura” de tal partido, mentem com todo o descaramento. No programa do Governo para a freguesia do Santo da Serra (Santa Cruz), consta apenas o alargamento da área do mercado, a cargo de uma acção continuada e verificada da respectiva Câmara Municipal. Não consta qualquer “cobertura”, no caso inestética».
Diz ainda o Governo que se «se há “promessa”, deve ser dos socialistas, que prometem mundos e fundos, num vale-tudo cujo resultado é visível».

26 janeiro 2007

Compadrio

Que todas as instituições (legislativas, executivas, judiciais, desportivas, etc...) na Madeira estão interligadas, todos sabemos. Agora que o líder parlamentar do PSD-Madeira, e braço direito de Alberto João Jardim, também seja o responsável pelo CEM (Conselho Empresarial da Madeira) e pela ASSICOM (Associação da Indústria e da Construção da Madeira) é espantoso. Todo o conceito de "independência" e "separação" de poderes deixa de fazer sentido. De facto já tinha notado que o nome era o mesmo, mas sempre julguei que fossem dois Jaime(s) Ramos.

O compadrio é tal que até o Jornal da Madeira parece confundir os cargos do sr. Jaime Ramos:

Jaime Ramos está a aguardar a decisão do Tribunal Constitucional em relação à Lei das Finanças Regionais. O responsável pela ASSICOM e pelo CEM considera que «a lei é arbitrária, é uma lei cega e de quem quer prejudicar a Região e os madeirenses, vamos tentar arranjar mecanismos de compensação», prometeu.

Sim, leu bem. O representante dos empresários, do comércio e da indústria vai tentar arranjar mecanismos para evitar os efeitos nefastos de uma lei, cujo âmbito nem sequer tem a ver com o sector privado.

23 janeiro 2007

Petição a favor da independência da Madeira

Alguém (do contenente) teve esta ideia antes de mim.

http://www.petitiononline.com/mad2004/petition.html

Estado de Direito & Corporativismo

Como sempre qualquer notícia do Jornal da Madeira vem recheada de várias pérolas.

Jornal da Madeira (hoje) - sublinhados meus

Grupo de trabalho para estudar mudança de leis
Foi durante um jantar da ASSICOM que Alberto João Jardim revelou que um grupo de juristas, a pedido da Assembleia Legislativa da Madeira, vai reunir com membros do Governo e presidentes de Câmara, com o intuito de ficarem a par de quais as barreiras legislativas que impedem o desenvolvimento da Madeira e, dessa forma eliminarem-nas, através de nova legislação. O ordenamento do território será um dos alvos a priveligiar. [erro ortográfico no original]
(...)
[AJJ:] «Não correu bem a história dos planos directores. Chegou-se ao ponto de, em concelhos onde passam vias rápidas e vias expressos, as mesmas nem constarem dos planos. Temos de dar uma volta a isto»
(...)
«Há matérias em que este programa pode ser realizado, mas desde que em termos legais. Porque para aqueles que instrumentalizam o Estado, por razões político partidárias, o que melhor lhes poderia saber era nos apanhar em falta com a lei. Têm uma máquina policial montada para o efeito e nós não lhes podemos dar o flanco nem cometer erros. Teremos que fazer, desde os concursos à própria facturação, uma engenharia em que se possa sempre estar ao abrigo do cumprimento da lei»
(...)
Já sobre a próxima revisão constitucional
(...)
Alberto João Jardim voltou a falar de um sonho antigo, para dizer que a Madeira tem todas as condições, «se não tiver a imposição de legislação colonial», para dentro da pátria portuguesa ser como que uma Singapura no Atlântico. «Sem a revisão da Constituição, isto não é possível», continuou. Mas, se a Revisão de 2009 falhar, também foi avisando que «é preciso que os madeirenses não tenham medo», postura que promete também manter.
«Não tenho o direito de ter medo dos desafios quando ao longo de todos estes anos tive a ajuda e solidariedade dos madeirenses. Sei que posso contar convosco. Vamos todos cerrar fileiras e aceitar este desafio», pediu.

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Segunda parte da notícia com um excelente exemplo dos espírito corporativista, típico de uma ditadura, reinante na Madeira:

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Jaime Ramos deixa apelo a Governo Regional e Câmaras, relativamente ao aparecimento de outros grupos económicos na Região
Jaime Ramos, presidente da ASSICOM, não esteve com meias medidas. Em nome das empresas, aproveitou a presença de alguns presidentes de Câmara no jantar para lhes deixar um pedido, no sentido de uma melhor compreensão no intuito de serem ultrapassadas algumas das barreiras que impedem o desenvolvimento das obras, dentro do respeito pela lei.
De igual modo, pediu também respeito por aqueles que, nos últimos anos, ajudaram no desenvolvimento da Região. «Não queremos é na actual conjuntura económica ser preteridos em relação a grupos que nunca acreditaram no projecto dos governos e autarquias da Região e agora, de um momento para o outro, armados em salvadores de pátria, aparecem na Região para ficarem com o filete e nós, que sempre vivemos e acreditamos, ficarmos com os ossos», salientou.

Mais um discurso cheio de tolerância, respeito e boa educação

Jornal da Madeira (hoje) - sublinhado meu

Alberto João a favor da “meritocracia”
O chefe do Executivo da Madeira não está satisfeito com o estado a que o país chegou.
(...)
O presidente do Governo Regional afirmou ontem que, em Portugal, em vez de se caminhar para uma “meritocracia”, temos, isso sim, uma “mediocracia”, em que o sistema permite que «loucos, incapazes e medíocres possam assumir responsabilidades públicas».
(...)
O governante considerou mesmo que a Madeira está a ser alvo da “arma” dos medíocres, sentindo entraves por ter tido o mérito de atingir o actual grau de desenvolvimento.
«A inveja dos medíocres é complicada em sociedades que querem progredir», sublinhou o chefe do Executivo madeirense. Prosseguindo o seu raciocínio, Alberto João Jardim realçou que essa mesma inveja «faz com que os filhos do mal atraiam sobre a Madeira, uma necessidade de revanchismo, de vingança por nos termos desenvolvido».
Mas o presidente do Governo Regional garante que a Madeira está cada vez mais «indiferente àquela gente de Lisboa».
(...)
O que acontece, conforme acrescentou o líder do Governo Regional, é que «há para aí umas ideologias de pseudo-esquerda — já que de esquerda somos nós, fomos nós que transformámos a Madeira, quem fez a Reforma Agrária fomos nós, quem criou estabilidade social, fomos nós, quem fez bairros sociais, fomos nós, quem acabou com o desemprego e emigração, fomos nós — que são apenas uns palhaços».
Deste modo, Alberto João Jardim sublinhou que o sucesso resulta do trabalho. João Andrade Júnior — quase a completar os 80 anos — «não andou por aí a dizer asneiras(...)», disse o chefe do Executivo da Madeira.

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Como sempre, gostava de ver a reacção de AJJ a semelhantes comentários feitos por outros e dirigidos a eles.


Respeito pela opinião dos outros.

AJJ mostra mais uma vez a sua tolerância pelo trabalho livre dos meios de comunicação

Jornal da Madeira (hoje) - sublinhado meu

PSD denuncia actuação dos media
O secretariado regional da Madeira do Partido Social Democrata/Partido da Autonomia denunciou, ontem, através de comunicado, a forma como a comunicação social tem vindo a cobrir a campanha de alguns militantes do PSD a propósito do referendo sobre o aborto
(...)
"Apenas a RDP-M compareceu a uma intervenção pública do dr. Alberto João Jardim, tendo-se verificado, nomeadamente, por parte da RTP-M, o habitual desfile noticioso do folclore local, dito de esquerda”, pode ler-se no comunicado.

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É curioso que a expressão "Partido da Autonomia" apareça como parte da denominação do PSD-M.

22 janeiro 2007

AJJ no seu melhor

Jornal da Madeira (hoje) - destaques são meus


O gabinete do Presidente do Governo Regional, em comunicado enviado à nossa redacção, sob o título «Não há “unidades” hipócritas», refere que «o valido de Lisboa na Rua do Surdo, atreveu-se a fingir que as declarações do Presidente do Governo, sobre organizações que lesam a Madeira, não tocavam no Partido Socialista, quando é mesmo com eles».
Por outro lado, «atreveu-se ainda, à boa maneira estalinista, em forjar falsas “unidades”».
«Há Madeirenses contra madeirenses, sim senhor. Porque há um Povo Madeirense que está contra a falsidade dos actuais dirigentes socialistas “madeirenses”, traidores dos legítimos direitos da Região Autónoma por motivos partidários» — conclui o comunicado assinado pelo adjunto da Presidência, Paulo Pereira.


Nota: A rua do Surdo é onde se localiza o PS-Madeira

18 janeiro 2007

Reacção de AJJ ao acordão do TC

(Repare-se como AJJ não se coíbe de ameaçar o poder judicial)

Jornal da Madeira (12 Janeiro) - (os destaques são meus)

O presidente do Governo Regional diz que já estava à espera da decisão do TC, instância de “raiz política”, classificando a decisão dos juízes de “grosseria jurídica”. Jardim disse ainda que o Governo não ficou à espera do parecer, “foi trabalhando calmamente”.
(...)
Recordando que o processo continua com o Presidente da República, Jardim disse que vai seguir “com atenção a carreira do juiz relator porque ele sai agora do TC como juiz.

AJJ no seu melhor

Jornal da Madeira (hoje)

Madeira não vai deixar que seja “cilindrada”
Jardim disse ontem que não é de «fados» e que conta com todo o povo madeirense, «que está ferido nos seus direitos», para pedir responsabilidades aos cavalheiros que andaram a brincar aos partidos com dinheiros públicos.
(...)
Na oportunidade, Alberto João Jardim recordou que as «patifarias» que têm sido feitas por Lisboa não são contra o Governo Regional e contra às câmaras municipais, «é feita a todo o povo madeirense, mesmo aqueles que tiveram a triste ideia de votar para pôr aquela gente no Governo da República».
(...)
Em seu entender, «a estratégia do Governo socialista é tirar os meios às regiões autónomas e às câmaras municipais para centralizar tudo em Lisboa e depois o dinheiro ficar todo lá e, depois, só beneficiar aquela gente em Lisboa que beneficia com todas estas artimanhas».
(...)
À margem da inauguração da Escola Básica do 1.º Ciclo com Pré-Escolar da Ladeira, em Santo António, Alberto João Jardim aproveitou para manifestar, aos jornalistas presentes, o seu protesto contra a atitude do director do centro de produção regional da RTP-Madeira.
De acordo com o chefe do Executivo, o seu protesto vai contra a forma como o responsável pela RTP-Madeira conduziu a entrevista, logo depois do telejornal de terça-feira, no espaço “destaque”, ao administrador da empresa Porto Santo Line, Luís Miguel de Sousa.
Conforme referiu Alberto João Jardim, o director da RTP-Madeira acabou por assumir uma espécie de «pivôt da oposição».

10 janeiro 2007

Uma gente...

Jornal da Madeira (hoje)

O presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos vai propor em reunião de Câmara a alteração do nome da Praça da República para Praça da Autonomia. «O termo República faz lembrar uma gente do lado de lá do mar», observou Alberto João Jardim.

09 janeiro 2007

Pérolas do passado

"Há aqui uns bastardos na comunicação social do Continente. Digo bastardos para não ter que lhes chamar filhos da puta... que aproveitaram este ensejo para desabafar o ódio que têm sobre a minha pessoa. Não lhes basta mentir sobre a Madeira. Como são bastardos, e têm o complexo de bastardos, também, à mínima coisa, desencadeiam isso (o ódio) sobre mim." AJJ a 04/06/2005

08 janeiro 2007

Para referência futura

DN, 30 Novembro 2006

- 23.5% dos portugueses votariam SIM num hipotético referendo sobre a independência da Madeira
- 31% dos portugueses defende esse referendo
- 60.1% dos portugueses estão a favor de cortes nas transferências para o orçamento da Madeira

06 janeiro 2007

Procurador do Apito Dourado na Madeira apanhado na casa do presidente do Nacional

Público (hoje)

Transferido o procurador que tratava do caso Apito Dourado na Madeira

Estava em casa do presidente da equipa do Nacional quando a Polícia Judiciária efectuou uma busca

Carlos Santos, o procurador da República que coordenava as investigações das certidões do Apito Dourado na Madeira, foi anteontem transferido do Funchal para o Tribunal de Família e Menores do Porto. O magistrado está a ser alvo de um processo disciplinar no Conselho Superior do Ministério Público, cujo relatório final está agora a ser analisado.
Segundo o PÚBLICO apurou, o comportamento do magistrado, cuja vaga ainda não foi preenchida, motivou polémicas. Por exemplo, um deputado do PS da Madeira denunciou as alegadas ligações perigosas entre Carlos Santos e o presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim.
Tudo se terá complicado ainda mais quando a Polícia Judiciária (PJ) fez uma busca domiciliária na residência de Rui Alves, presidente do Nacional. Na casa, estava o procurador da República, acabado de regressar de Lisboa, aonde se deslocara para assistir a um jogo disputado pelo Nacional, no Estádio da Luz. A diligência foi atribulada e os investigadores só conseguiram entrar na casa de Rui Alves após terem ameaçado que arrombariam a porta. A intimação foi levada a sério e, quando o acesso foi franqueado à Polícia Judiciária, Carlos Santos acabaria por abandonar o local, desinteressando-se da diligência.
Porque o "Contenente" está farto!