22 setembro 2010

Respeito a opinião de quem não tem a minha, mas quem não tem a minha não bate bem da pinha

Público

Presidente do DN-Madeira acusa Jardim de querer pôr jornal de “joelhos”

Mais uma vez as acusações contra o presidente do governo regional da Madeira foram duras. O presidente da empresa Diário de Notícias da Madeira, Michael Blandy, disse hoje aos deputados da comissão parlamentar de Ética que Alberto João Jardim “quer pôr o diário de joelhos para impor a sua opinião”.

Momentos antes o administrador da mesma empresa, José Câmara, disse não ter dúvidas de que Jardim quer "encerrar" o Diário de Notícias da Madeira. E acusou o governante de usar o Jornal da Madeira (propriedade do governo regional) “como instrumento de uso pessoal quase como um brinquedo”.

No Jornal da Madeira, Alberto João Jardim “escreve as vezes que quer, os seus discursos mais marcantes são publicados na íntegra, o artigo mensal publicado no mensário do PSD é publicado na íntegra, os seus encontros de férias no Porto Santo são relatados. Tudo estaria bem se fosse um jornal privado mas isto é pago pelo erário público, pelos nossos impostos”, indignou-se José Câmara naquela que é a segunda audição sobre a situação da imprensa na Madeira, pedida pelo CDS-PP.

O rol de acusações lançadas pelos administradores deste órgão de comunicação social privado – desde a prática de dumping (baixa de preços) à concorrência desleal por parte do Jornal da Madeira – deixou mais uma vez a bancada do PSD desconfortável e em silêncio.

Já na passada quarta-feira, o presidente do grupo Liberal (que publica um diário e um semanário) acusou o Jornal da Madeira da prática de dumping e o governo regional de manter uma situação de concorrência desleal ao atribuir quase toda a publicidade institucional ao Jornal da Madeira além de avultados financiamentos

13 maio 2010

Liberdade de imprensa na Madeira

in Público

O jornalista Luís Calisto demitiu-se de director do Diário de Notícias (DN) da Madeira. A decisão é "emergente do regime de excepção criado à comunicação social madeirense" pelo presidente do governo regional, Alberto João Jardim, explica hoje em editorial em que lamenta a complacência dos órgãos de soberania face à "estranha democracia" na Madeira e aos "criminosos atentados contra a liberdade de imprensa na região de que têm conhecimento".

Calisto acusa Jardim - “habituado a estracinhar adversários e até companheiros seus na praça pública, e a fazer bullying com a imprensa” - de numa “manobra vil e crapulosa” ao procurar afastá-lo da direcção do maior jornal regional do país. Além de denunciar “o sufoco e cerco” ao DN da Madeira “congeminado e perpetrado” por Jardim “para concretizar o seu antigo projecto de fechar” o centenário matutino madeirense, Calisto critica a sua “estratégia de desvirtuar o mercado regional dos media, passando expressamente a beneficiar em 1992 um jornal concorrente - o Jornal da Madeira (JM) - com uma verba anual astronómica”: 42 milhões de euros na última década que corresponde a cerca de dois euros por exemplar. Calisto acusa ainda o presidente do governo regional de utilizar “os actos públicos para intimidar os empresários” que anunciavam no DN da Madeira, de reduzir “praticamente a zeros a publicidade oficial” neste diário, entregando-a na quase totalidade ao JM, e de dar “ordens às instituições públicas dependentes do governo regional para cortar as centenas de assinaturas” da publicação que dirigiu nos últimos cinco anos, depois de ter deixado a direcção da RTP-Madeira. Afirma ainda que, “não satisfeito com os atropelos à lei para levar este diário à falência”, numa “escalada perversa sem escrúpulos” que implicou um “doloroso processo de despedimento” de jornalistas, Jardim passou o JM a gratuito, aumentando a sua tiragem de cinco mil para 15 mil exemplares com “delirantes custos cobertos integralmente pelos impostos do povo”. Por fim, Luís Calisto lamenta que, apesar de terem “conhecimento dos criminosos atentados contra a liberdade de imprensa na Madeira, o Presidente da República, a Assembleia da República, a ERC, os tribunais, os partidos políticos, o governo de Lisboa” não tenham actuado. “Infelizmente, o que esses dignitários e instituições fazem é vir cá elogiar 'a superior qualidade da democracia na Madeira' e a 'obra' realizada pelo 'democrata' dr. Jardim”, conclui.

12 março 2010

Cumprir leis é para totós

A Quercus denuncia que a Madeira é a única região do país onde não há município que tenha definido quais os terrenos que fazem parte da Reserva Ecológica Nacional, prevista há 27 anos, mas que ainda não foi cumprida por nenhum dos 11 municípios madeirenses.