28 fevereiro 2007

Cortes no Orçamento da Madeira

Números retirados do random precision.

Corte no orçamento regional: 34 milhões de euros

Despesas usadas em:
Comemorações de Natal e fim-de-ano e «campanha de imagem»: 17 milhões de euros;
Igreja: 45 milhões de euros;
Clubes de futebol: 78 milhões de euros.

e acrescento eu

Jornal da Madeira: 5 milhões de euros

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27 fevereiro 2007

AJJ e a sua esperteza saloia

O mais hilariante do comunicado de AJJ abaixo citado (sobre a publicação de uma sondagem) é a crítica aos valores alegadamente inflacionados. AJJ diz que os valores do PSD são demasiado altos, e... que os do PS também! AJJ diz que o «PSD não acredita que um quarto dos eleitores seja colaboracionista com tudo o que Lisboa vem abusando sobre o povo madeirense», numa clara alusão aos 25% do PS.
Será que as percentagens na Madeira não somam 100%?!

Jardim e as sondagens

AJJ veio dizer (ou melhor enviou um comunicado para a imprensa como lhe é habitual) que a publicação de uma recente sondagem apenas serve para desincentivar a participação eleitoral. Citando «Estas sondagens, tal como em eleições anteriores, são uma manobra que visa criar a ideia de vitórias antecipadas, para desinteressar os eleitores de votar e, assim, prejudicar o PSD e a resistência do povo madeirense aos ataques de Lisboa». E o que diria se os valores do PSD fossem mais baixos? Que era um truque para dividir os madeirenses?
O senhor tinha que criticar de alguma maneira... olha, foi esta que saiu.

21 fevereiro 2007

Birra de Estado

Eu sei que a comparação é abusiva, mas alguém imagina Cavaco, Guterres, Durão ou Sócrates (Santana não conta) a demitirem-se para a seguir voltarem a recandidatar-se por a União Europeia cortar os fundos comunitários encaminhando-os para regiões mais pobres?

A birra

Alberto João Jardim demite-se para se voltar a recandidatar nas mesmas condições. Parecealtamente improvável que a sua reeleição venha alterar seja o que for. Porquê então esta "crise política"?
AJJ diz que as regras do jogo foram alteradas a meio da sua legislatura, logo tem que serecandidatar para o seu programa de governo sair reforçado.
Os comentadores cubanos dizem que AJJ ao dramatizar a questão, terá uma nova maioria e garantirá assim mais uns anos de controlo da Madeira.
Eu acrescento uma explicação: uma birra. Daquelas que as crianças fazem porque os pais não compram os cromos para a caderneta.

16 fevereiro 2007

Referendo na Madeira e no Continente

Alberto João Jardim, em mais uma prova de respeito democrático, insiste que a despenalização do aborto não vai ser aplicada na Madeira. O argumento é simples, o Não ganhou na terra dele.
Sabendo que o Sim ganhou em 1998 no Continente (apenas os votos dos Açores e Madeira viraram o resultado), o que teria dito AJJ se na altura se tivesse decidido aplicar a lei apenas no Continente?

E digo testículos porque não posso dizer...

Diário Digital

Alberto João Jardim diz que portugueses não têm testículos para dizer que o referendo à interrupção voluntária da gravidez (IVG) não é vinculativo.

O presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, disse, quinta-feira, que os portugueses não têm «testículos» para dizer que o referendo à despenalização do aborto «não é vinculativo».

Jardim promete levar a sua posição – contra a aplicação da futura lei na Madeira – até ao Tribunal Constitucional.

08 fevereiro 2007

Futebol é um bem de primeira necessidade

Todos sabemos as enormidades de fundos que o Governo Regional Madeirense canaliza para os clubes de futebol. O Jornal da Madeira publica hoje uma crónica de Gilberto Teixeira (parece-me que escreve regularmente no jornal) a estrabuchar contra aqueles que acham que estes fundos são um desperdício. Vale a pena ler (esclarecimento prévio Jacinto Serrão é o líder do PS Madeira que ousou criticar as transferências) mais uma crónica onde se confunde contra-argumentação com baixas críticas pessoais.

Jacinto Serrão acaba com o Marítimo e o Nacional
Como justificação para a sua miserabilíssima cultura turística, invoca que se fosse poder na Região, retirava o apoio que institucionalmente é atribuído aos clubes profissionais de futebol e canalizava esse dinheiro para acções de promoção da Madeira.

A Madeira é uma espécie de balão de ensaio do líder regional do Partido Socialista. Sozinho, vai fazendo o seu caminho, com sonhos e esperanças, transformando-se num universo de paixões assolapadas, e envolvido em projectos que lhe alimentam a vontade de querer chegar ao poder, ou seja, ser presidente do Governo Regional.
Não bastavam as argoladas dos últimos dias, para nos deleitarmos com a personagem em romaria à Bolsa de Turismo de Lisboa, para dizer que falta dinheiro à promoção da Madeira, e que, esse dinheiro, devia ser retirado ao futebol que não promove coisa nenhuma, e desviá-lo para acções promocionais.
Criticar é fácil, e Jacinto Serrão está sempre disposto a aceitar ser conduzido nestas investidas a terrenos que desconhece por completo. O turismo da Madeira, sendo um sector de fundamental importância para a economia da Região, até devia ser disciplina obrigatória da aprendizagem política daquele socialista.
Pelos vistos não é. Suspeitávamos que assim fosse porque ao longo dos anos, não lhe vimos propor nada nesta matéria. Não sabe patavina, o que é grave, para quem quer ser presidente de Governo duma Região que não vende outra coisa que não seja turismo.
Mas quando alguém lhe pergunta que projectos tem, em alternativa aos do Governo, balbucia coisas ininteligíveis, procura articular palavras no vazio do seu conhecimento e cai na armadilha. É uma nulidade completa, não servindo para nada a proximidade de dois Martins, o ilustre senhor Maximiano, e o ex-edil de Machico.
Como justificação para a sua miserabilíssima cultura turística, invoca que se fosse poder na Região, retirava o apoio que institucionalmente é atribuído aos clubes profissionais de futebol e canalizava esse dinheiro para acções de promoção da Madeira.
Quer isto dizer que Jacinto Serrão, líder actual dos socialistas da Madeira e homem de fraca habilidade política, incoerente e impreparado, duma assentada só, declara a morte dos principais clubes da Região, Marítimo e Nacional.
Isto é tão ridículo que vale a pena lembrar-lhe que em Outubro de 1863, nasceu a Federação Inglesa de Futebol, tida como a primeira a nível mundial. Lá pelo ano de 1875, Harry Hinton, Presidente Honorário do Marítimo, então um jovem de 18 anos, traz para a Madeira um cautchu e introduz a prática do futebol em Portugal, jogando e ensinando os madeirenses a jogar, no Largo da Achada, na Camacha.
Em 1910 com a criação da Associação de Futebol do Funchal, (hoje tem o nome Madeira), nascem os principais clubes de futebol da Região, Marítimo, Nacional e União. Como se vê, somos pioneiros do fabuloso espectáculo que é o futebol, cuja dimensão universal, qualquer leigo na matéria não devia pôr em causa, quanto mais um político que aspira um dia ser chefe do Governo Regional.
O que atormenta é a ignorância atrevida que leva um homem um século depois, a afirmar que mata os principais clubes da Região, porque não constituem referência para ninguém, nem fazem falta ao povo que reside aqui ou está espalhado por esse mundo além.
Como é que este homem quer resistir à História? O que faz correr um indivíduo, que tem poucos aliados, e muitos adversários internos, para ter espalhanços deste género, que são de fazer corar de vergonha quem tenha um palminho de cara e dois dedos de testa?
Sinceramente… há mediatizações que se recusam liminarmente, quando se tem princípios e se conhecem os limites da arrogância. Não sei quem lhe passou as dicas para falar sobre Turismo. Ouviu mal ou é de compreensão lenta.
Admitamos que o futebol deve seguir o seu caminho com profissionalismo e rigor de gestão. Concorde-se que o espectáculo futebolístico é o melhor que há no mundo, por todos os motivos e mais um: apaixona, embriaga, convida à radicalização.
Mas não se entre em terrenos perigosos, quando aquilo que sucede nesta terra com os apoios ao futebol, é duma enorme transparência, com discussão e aprovação no Parlamento Regional, onde se senta, de vez em quando, o próprio Jacinto Serrão.
O investimento que é feito não tem retorno e há tanta gente interessada em patrocinar determinados clubes? Acha o líder dos socialistas na Madeira que se deve tirar o apoio aos dois baluartes desportivos da Região.
Mesmo que tivesse razão – mas não tem – o dinheiro, devia ser canalizado para outras áreas que não a promoção da Madeira. Demagogias deste calibre merecem castigo severo. Serão os madeirenses dos dois clubes a dar-lhe essa resposta, mais aqueles que sendo poucos, são bons: os do União, cujo lugar na História do futebol madeirense é sagrado, intocável, porque brilhante.
Jacinto Serrão tem uma alma desconhecida nesta área. A instabilidade que revela, é irresponsável e suscita até, inquietação. A Madeira necessita de gente com carácter e ambição, mas exige competência e sagacidade dos homens e das mulheres que assumem funções públicas com muita ou pouca visibilidade.
Há que saber gerir uma carreira com humildade, coerência, sentimentalismo, devoção e sobretudo respeito pelos outros, sejam eles quem forem, estejam onde estiverem. A estima que devemos uns aos outros é para ser levada a sério. Quem usa de hipocrisia acaba sendo triturado pela máquina infernal dos partidos, quanto mais pela voz do povo.
Mas se o líder socialista quer ser o coveiro do Marítimo e do Nacional e por arrastamento dos sonhos e das paixões dos adeptos, simpatizantes e sócios das duas respeitáveis colectividades, cujo percurso é inapagável da memória de todos nós, que se atreva e dê o primeiro passo.
Vai ser giro, vai. Há coisa mais bonita que um Marítimo-Nacional, como o da passada segunda-feira ? Claro que não.

05 fevereiro 2007

Importa-se de repetir?

Diário Digital

«O Jornal da Madeira é, hoje, uma guerra de regime, não alinha pelo pensamento único e pela falta de pluralismo que está vigente em Portugal», disse Alberto João Jardim.

Para o governante madeirense, «Portugal é, hoje, uma democracia de opereta em que não há pluralismo ideológico, nem pluralismo na comunicação social» e, por isso, considera o Jornal da Madeira [como] um marco dessa luta».

(...)

«Os critérios do governo já não são da conta do tribunal, são do âmbito do poder executivo e, quando os tribunais desatam a fazer comentários aos critérios executivos do Governo, está a quebrar o princípio sagrado em democracia que é o da independência dos poderes», concluiu.



Governo regional proíbe assinatura do PÚBLICO

A propósito da notícia do post anterior o Público de hoje acrescenta esta pérola:

Governo regional proíbe assinatura do PÚBLICO
A auditoria do TC critica igualmente a discricionariedade de outro despacho de Alberto João Jardim, que define orientações para a aquisição de jornais. Tal deliberação, datada de Agosto de 2003, privilegia a assinatura do Jornal da Madeira entre a imprensa regional, e, "quanto aos jornais fora da região", condiciona a sua aquisição à prévia autorização por parte dos nove membros do Governo, e "apenas em relação as seguintes publicações: Diário de Notícias de Lisboa, O Dia, Expresso, Independente, Semanário e Primeiro de Janeiro". O despacho, com a exigência expressa do cumprimento de tais determinações "por parte de todos os serviços, institutos e empresa públicas" sob tutela do governo, proíbe a assinatura do PÚBLICO por tais entidades que não estão autorizadas a efectuar "pagamentos fora do critério" imposto pelo presidente do governo madeirense.

Jornal da Madeira recebe verbas ilegais do Governo Regional

O jornal preferido deste blog, o Jornal da Madeira, foi apanhado em mais uma das trapalhices de Alberto João Jardim. De acrescentar que o Presidente do Governo Regional tem um espaço quase diário no jornal. Alguém se lembra de ver Sócrates, Santana, Durão, Guterres, Cavaco, Sampaio, etc.. com uma crónica diária durante período em que estiveram em funções?

Retirado do Diário Digital

Jornal da Madeira recebe verbas ilegais do Governo Regional

Uma auditoria do Tribunal de Contas detectou pagamentos ilegais e indevidos nos apoios a órgãos de comunicação social da Madeira, noticia o jornal Público na edição de segunda-feira.

No relatório de uma auditoria aos apoios dados por Alberto João Jardim aos media, o tribunal releva que foram assumidos encargos sem autorização ou cabimento orçamental, em desrespeito pela lei em vigor.

O relacionamento financeiro do governo regional com os órgãos de comunicação social suscitou ao Tribunal de Contas (TC) «dúvidas quanto à sua conformidade com a legislação aplicável, nomeadamente no que se refere às aquisições de bens e serviços, assim como no tocante às finalidades a prosseguir com a transferência das verbas» refere o artigo citando o órgão de fiscalização.

O governo de Alberto João Jardim gastou em 2005 quase cinco milhões de euros com o Jornal da Madeira (JM), o único diário estatizado do país. Aquele montante representa 74,9% do total de fluxos financeiros concedidos naquele ano pela administração pública regional a órgãos de comunicação social.

Anteriormente propriedade da diocese do Funchal, o JM - de que Jardim foi director no pós-revolução e antes de assumir a presidência do governo, em 1978, altura em que a região adquire a quase do capital deste jornal, onde o governante, quase diariamente, assina uma página de opinião - recebeu, em 2005, do orçamento regional, subsídios no valor de quatro milhões transferidos a título de suprimentos mensais, cujo valor não tem sido divulgado nas resoluções publicadas no Jornal Oficial, e mais 600 mil euros por aquisição de publicidade.

Tendo uma tiragem inferior a cinco mil cópias, isto significa que o apoio distribuído por exemplar corresponde a cinco vezes mais do que o preço de venda do JM nas bancas.