26 janeiro 2007

Compadrio

Que todas as instituições (legislativas, executivas, judiciais, desportivas, etc...) na Madeira estão interligadas, todos sabemos. Agora que o líder parlamentar do PSD-Madeira, e braço direito de Alberto João Jardim, também seja o responsável pelo CEM (Conselho Empresarial da Madeira) e pela ASSICOM (Associação da Indústria e da Construção da Madeira) é espantoso. Todo o conceito de "independência" e "separação" de poderes deixa de fazer sentido. De facto já tinha notado que o nome era o mesmo, mas sempre julguei que fossem dois Jaime(s) Ramos.

O compadrio é tal que até o Jornal da Madeira parece confundir os cargos do sr. Jaime Ramos:

Jaime Ramos está a aguardar a decisão do Tribunal Constitucional em relação à Lei das Finanças Regionais. O responsável pela ASSICOM e pelo CEM considera que «a lei é arbitrária, é uma lei cega e de quem quer prejudicar a Região e os madeirenses, vamos tentar arranjar mecanismos de compensação», prometeu.

Sim, leu bem. O representante dos empresários, do comércio e da indústria vai tentar arranjar mecanismos para evitar os efeitos nefastos de uma lei, cujo âmbito nem sequer tem a ver com o sector privado.

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